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27, jul 22 | Leitura: 9 min.

O Algarve já não é só Verão? | Casas do Barlavento

imagem de uma mulher de costas com roupas de inverno numa praia do Algarve.

Fotografia de Francisco Moreno – Unsplash

 

 

Estamos em pleno mês de agosto, altura em que os veraneantes se deslocam em massa para o Algarve, em busca de sol, de praia e sobretudo de uns dias para fugir à rotina. É assim desde os anos 60, a primeira década em que os estrangeiros e os portugueses descobriram que o Algarve estava na moda. A mudança na região, aconteceu graças às praias junto às casas, à gastronomia simples, mas saborosa e ao povo, que embora ainda estivesse a dar os primeiros passos no saber bem-receber, era simpático e precisava de um novo sector de atividade para “fugir” ao exaustivo sector da pesca e agricultura.

 

  • No século XIX e primeiras décadas do século XX, a economia do Algarve estabeleceu-se no sector primário, ou seja, na agricultura e pesca. A exportação de frutos secos (figo, amêndoa e farinha de alfarroba), a produção de citrinos (laranjas e limões), a comercialização do sal e a pesca de atum, sardinha e corvina, eram as atividades com maior expressão. Esta última atividade floresceu e devido à procura de produtos enlatados durante as duas grandes guerras, a indústria conserveira de peixe cresceu na primeira metade do século XX e instalou-se por várias cidades portuárias da região.

 

 

fotografia de uma laranjeira carregada de fruto.

Fotografia de Philippe Gauthier – Unsplash

 

 

Os anos de experiência no turismo escalaram e deram frutos numa região que vivia exclusivamente da atividade fabril e da pesca. Trouxe mais movimento à região, novos empreendimentos e novos investidores. Os resorts, os hotéis e mais recentemente, o alojamento local, tornou-se a principal atividade do Algarve. Estes novos desenvolvimentos no mercado, trouxeram outros desafios que talvez a pandemia COVID-19 tenha solucionado. A sazonalidade era um tema quente e que não parecia ter resposta, deixando vários trabalhadores no desemprego nos meses de época baixa.

 

  • Nos primeiros três meses de 2022 notou-se uma quebra de 3,2 pontos percentuais no desemprego na região do Algarve em comparação ao primeiro trimestre de 2021.

 

 

imagem de uma máquina de escrever de onde sai uma folha com as palavras “candidatura a emprego”.

Fotografia de Markus Winkler – Unsplash

 

 

Nos sucessivos confinamentos de 2020, foram muitos os que procuraram agências imobiliárias, como solução para encontrar um lugar pacato, longe da azáfama das grandes cidades e que, essencialmente, trouxesse qualidade de vida! O Algarve foi a resposta dos portugueses e estrangeiros. A possibilidade de mudar para uma cidade ou país mais seguro, num meio menor, sem a necessidade da utilização de transportes públicos ou de veículos próprios, evitando o contacto social e os gastos desnecessários em combustível, foi encontrada aqui. Esta atual mudança só foi possível devido às novas formas de trabalho, que consistem em horários flexíveis, mobilidade e, principalmente, liberdade fora dos escritórios.

 

  • No início de 2022, os trabalhadores a exercerem as suas funções a partir de casa, em regime de teletrabalho recorrendo a tecnologias de informação e comunicação em Portugal, teve a percentagem de 10,4, envolvendo 510,2 mil pessoas.

 

 

mulher trabalha ao computador no exterior de uma habitação.

Fotografia de Anete Lusina – Unsplash

 

 

Esta revolução no mundo do trabalho mexeu positivamente com vários sectores, incluindo o sector imobiliário no Algarve, trazendo novos investidores à região e deixando a certeza que o Algarve já não é só verão. Estas alterações, levaram a que a procura por uma segunda habitação crescesse para passar maiores períodos na região, ao invés de apenas algumas semanas durante as férias. Depois de 2020, verificou-se que uma grande percentagem dos que procuravam uma segunda habitação, também desejava obter rendimento através do arrendamento temporário, ou do arrendamento de longa duração.

 

  • Os arrendamentos, quer sejam temporários ou de longa duração, exigem manutenção e gestão do imóvel. Portanto, a presença de alguém responsável é sempre viável para que tudo corra bem. A Casas do Barlavento oferece dois serviços de gestão, que se encarrega da manutenção, check-in e check-out dos hóspedes, pagamento de faturas e ainda um plano de marketing para a divulgação das propriedades. Estes serviços de gestão de imóveis (gestão de imóveis para arrendamento temporário) e gestão de condomínios (gestão de condomínios direcionado a proprietários não-residentes), mostrou ser uma mais-valia durante o pico da pandemia e mostrou ser uma tendência contínua. Estes serviços pretendem auxiliar os proprietários que se encontram fora, a residir longe da segunda habitação.

 

Conheça os benefícios de investir numa segunda habitação criando uma fonte de rendimento ao inserir a propriedade no Alojamento Local.

 

imagem de uma segunda habitação de linhas contemporânea, com piscina e pequena zona de relvado.

Fotografia de Marvin Meyer – Unsplash

 

 

A possibilidade de os trabalhadores estarem a exercer funções longe das empresas deixou margem para a procura da primeira e até da segunda habitação. Muitos decidiram aplicar as suas poupanças numa casa no Algarve para primeira habitação e isso trouxe uma nova valorização à região. Um grande número de portugueses deixou as grandes cidades do centro e norte, para morar a tempo integral no Algarve, enquanto os estrangeiros também se aventuraram por terras lusas. A procura não recaiu apenas no litoral, mas também nas zonas rurais como a serra, ou os concelhos do interior algarvio. Estas zonas encontram-se isoladas das cidades mais movimentadas, mas a poucos quilómetros das praias e centros urbanos, trazendo a tranquilidade que estes investidores procuravam.

Saiba como é a vida rural no Algarve, ao ler este artigo.

 

uma mulher caminha numa zona rural.

Fotografia de Emma Simpson – Unsplash

 

 

O teletrabalho ou trabalho remoto veio para ficar ao conquistar os trabalhadores com a qualidade de vida e a liberdade de poder escolher o seu local de trabalho. Alguns países aceleraram o reconhecimento de um visto específico para os nómadas digitais, convidando-os a permanecerem por tempo limitado, mas com benefícios.

 

  • No dia 15 de junho de 2022, foi aprovada em Portugal uma proposta de lei de modo a agilizar a mobilidade dos trabalhadores estrangeiros. Nesta proposta está incluído o pedido de três vistos: a concessão de um visto de estada temporária de 120 dias para quem decida procurar emprego em Portugal; um visto para estudantes do ensino superior; um visto de residência para exercício da atividade profissional dependente ou independente, aos profissionais que exerçam as suas funções remotamente. Ou seja, esta nova proposta de lei tenciona estimular a entrada de mais nómadas digitais, dando a permanência limitada àqueles que prefiram trabalhar em locais com bons acessos à internet e em locais privilegiados com baixo custo de vida. Uma grande parte dos nómadas digitais têm profissões qualificadas, trazendo retorno para vários sectores em Portugal.

 

 

  • Embora os Vistos Gold estejam mais direcionados a investidores que pretendem adquirir casa, ou erguer o seu negócio, este visto também é uma mais-valia a quem deseje permanecer em Portugal. Estes sofreram alterações no início de 2022 e com isso os investimentos no litoral tiveram alguns obstáculos, embora esta ainda seja uma via elegível de investimento em Portugal. Neste artigo, explicamos como investir no litoral algarvio através do Visto Gold.

 

 

  • O Visto D7 é outro visto que permite a residência em Portugal. Apesar da sua criação ser anterior ao Visto Gold, nunca teve tanta expressão. Este visto concede a residência sendo apenas necessário um comprovativo de rendimento razoável constante e um comprovativo de casa própria ou arrendada. Para saber mais sobre o Visto D7, leia o artigo “Residência em Portugal: O que precisa saber”.

 

imagem de um mapa-mundo no fundo e uma mão que segura um passaporte em primeiro plano.

Fotografia de Global Residence – Unsplash

 

 

Todo o caminho percorrido, desde os anos 60 até aqui, apresentou desafios que a região ultrapassou. Com estes novos ventos, espera-se que o Algarve não seja só uma região balnear a operar somente durante o verão, e que a sazonalidade seja mais um obstáculo do passado. As novas dinâmicas prometem dar a conhecer aos de fora, um Algarve fresco e com muito para dar na época baixa.

 

Nos períodos de outono e inverno, tudo fica mais calmo e o tempo fica a nosso favor de modo a aproveitar cada momento junto à costa ou no interior. Se os seus planos passam por morar no Algarve, quer seja através da mais recente aposta de visto para os nómadas digitais ou outro visto de residência, saiba que o Algarve é muito mais do que sol e praia.

 

  • Baixo custo de vida – este é um dos aspetos que mais atrai os estrangeiros. A nível europeu, Portugal é um dos países com um custo de vida reduzido. A alimentação de qualidade não pesa tanto quando comparado com outros países e a habitação em locais privilegiados ainda consegue apresentar valores interessantes. Leia o artigo “Viver em Portugal – Custo de Vida

 

  • Cultura – existe uma rede de museus, teatros e associações culturais que garantem o sector cultural aos residentes do Algarve. Esta rede está espalhada por vários concelhos e a sua divulgação é amplamente distribuída para chegar a todos. Entre exposições de artes visuais, cinema, música e espaços museológicos, a cultura no Algarve apresenta cartazes regularmente. Veja o guia de museus da região.

 

  • Locais a visitar – entre cidades costeiras cheias de ritmo, ao sossego do barrocal e serra, existem lugares imperdíveis para visitar. O Algarve pertence a um país antigo, repleto de histórias ligadas ao mar e à navegação. Essas memórias permanecem na arquitetura de algumas cidades e vilas e merecem vivamente a sua visita. Encontre os 12 sítios a visitar no Algarve, neste artigo.

 

  • Gastronomia – poderá não parecer um tópico que se encaixe nas atividades de inverno, até porque devemos comer diariamente e não só numa estação do ano. Neste caso, o que queremos demarcar é a experiência de estar num restaurante em total sossego para aproveitar a comida típica algarvia. A atenção dos funcionários para com os clientes é redobrada e alguns ingredientes apenas aparecem no menu durante o inverno, mostrando que a gastronomia é sazonal e sustentável. Visite os restaurantes da região em busca das melhores iguarias, e se precisar de dicas, veja este artigo.

 

um homem encena num palco pouco iluminado.

Fotografia de Mostafa Meraji – Unsplash

 

 

O Algarve já não é só verão! Observamos cada vez mais novos residentes a trabalhar a partir de cá, oriundos de diversos sítios, tanto de Portugal como do estrangeiro. Esta redescoberta da região traz novas oportunidades, deixando a sazonalidade laboral de lado e dando uma nova esperança a esta terra que tem muito mais do que praia e sol.

 

Procure no Algarve a tranquilidade que necessita para trabalhar. Encontre no portefólio da Casas do Barlavento imóveis para venda e arrendamento temporário.