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O Panorama Atual do Turismo no Algarve

Decréscimo de ocupação hoteleira, no Algarve em 2018

Os primeiros meses do ano passado foram pautados pela descida das taxas de ocupação no Algarve, comparativamente a 2017 de 9,7% (dados da AHETA em abril). O decréscimo mais acentuado registou-se no mercado britânico (20,5%) que não pode ser desassociado do clima de incerteza que trouxe o Brexit; seguido do mercado holandês (14,6%) e alemão (11,9%) muito devido às fortíssimas campanhas de destinos concorrentes, como a Tunísia, Egito e Turquia; finalmente, o próprio mercado nacional (10,3%) e o espanhol (43,1%), sofreu quebra aliada ao mau tempo que se fez sentir na Páscoa. De acordo com os dados do INE, em 2018 o número de dormidas reduziu 0,2%, bem como, registou um ligeiro recuo em percentagem de hóspedes estrangeiros, segundo o Eurostat.

 

Veja também artigo sobre: A Opinião do Diretor de Vendas sobre o Brexit 

 

 

Ocupação turística algarvia a terminar o ano de forma positiva

Em novembro, no entanto, houve subida satisfatória do número de hóspedes, comparativamente ao mês anterior (outubro) para 5,7%, bem como, um aumento do número de dormidas no Algarve em 6,6% (dados do Instituto Nacional de Estatística - INE). O Algarve termina o ano com uma subida no número de dormidas de não residentes 2,2% superior à média nacional, dos quais contribuíram o Reino Unido (+15,3%) e a Espanha (+21,4%). “A cereja no topo deste bolo é o expressivo crescimento dos turistas britânicos na região, acima dos 15% em novembro”, menciona João Fernandes, presidente da Associação do Turismo do Algarve (ATA).

 

2019 – Ano de desafios e consolidação do mercado hoteleiro no Algarve

Antevendo os impactos da reemergência de destinos concorrentes e do Brexit, 2019 vai ser um ano de desafios para o turismo, no Algarve. Uma das estratégias que a Associação do Turismo do Algarve (ATA) está a colocar em marcha é o posicionamento da promoção da região num segmento com poder de compra que aprecie o turismo sustentável e diferenciador, menos sensível ao fator preço. "Acreditamos que as principais consequências destes fenómenos se venham a refletir verdadeiramente em 2020, pelo que durante este ano estaremos focados em encontrar soluções e alternativas que contribuam para o desenvolvimento sustentável do turismo do Algarve. ", declara o presidente da ATA.

O Algarve é uma região que prima pela diversidade cultural e gastronómica. O objetivo passa pelo posicionamento do destino ao nível da qualidade capaz de oferecer ao turista uma experiência autêntica e mais emocional. Alavancando essa estratégia, o golfe continua a ser um bom contribuidor para outros mercados em ascensão que nos visitam fora da época alta, reduzindo a sazonalidade da região – suecos, dinamarqueses, brasileiros, americanos e canadianos. Estes últimos três mercados curiosos com a “gastronomia, a cultura e o turismo de natureza", descreve João Fernandes.

 

Ver também artigo: Algarve contribui com 70% do total nacional de voltas de golfe

 

Neste sentido, o Algarve tem dado os primeiros passos para cada vez mais se tornar num destino gastronómico, de forma a captar o turismo culinário e enológico, ou seja, direcionar o destino para o turista que procura experiências gastronómicas memoráveis.

 

A Casas do Barlavento considera esta é uma estratégia inteligente para atenuar a possível tendência de decréscimo do turismo nos próximos anos, no Algarve.